A Araucaria angustifolia, conhecida popularmente por pinheiro-brasileiro
ou pinheiro-do-paraná, é uma espécie que se destaca nas florestas,
principalmente da região Sul do Brasil. A Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza
(IUCN, na sigla em inglês), divulgou em 2013 uma lista de 27 árvores mais
ameaçadas em todo o mundo. A Araucária é a única indicada como
criticamente ameaçada em lista internacional. A espécie já perdeu 97% da
área original e a variabilidade genética está comprometida, segundo
pesquisadores. A cobertura destas árvores correspondia a cerca de 40% da
floresta ombrófila mista, que compõe o bioma da mata atlântica.
Por ser uma espécie madeireira de grande valor comercial e sua semente (pinhão) constitui um alimento muito nutritivo e energético apreciado pela fauna e na culinária brasileira. Além da intensa exploração madeireira e de suas sementes, a araucária sofre pela redução de seu habitat devido ao avanço da fronteira agrícola e a construção de hidrelétricas, fatores que a colocam na categoria "Em Perigo" de extinção, de acordo com o Livro Vermelho da Flora do Brasil: http://cncflora.jbrj.gov.br/LivroVermelho.pdf
Hoje (24 de junho) é o “Dia da Araucária”. Originalmente a árvore símbolo do Paraná ocupava 40% do território do estado, ou seja, 73.780 km². Agora restam apenas 2% desse total. A araucária é nativa da Mata Atlântica brasileira e está ameaçada de extinção.
O último diagnóstico oficial do Paraná, elaborado pela Secretaria do Meio Ambiente foi publicado em 2004, mostra a situação das florestas em estágio inicial de conservação totalizam 14,04% da área do bioma no Estado. As florestas com araucárias em estágio médio de sucessão, que passaram por uma degradação intensa, mas ainda guardam um pouco da diversidade florística e de formas de vida, representam 14,47% da área do bioma no Estado. Já as florestas em estágio avançado de sucessão, que representam as florestas de maior diversidade, correspondem a apenas 0,8% da área total de florestas com Araucárias no Paraná.
E o que está sendo feito para reverter essa situação? Muito, muito pouco. Em 2005, o governo federal criou seis áreas de proteção à Floresta com Araucária nos estados do Paraná e Santa Catarina. Até hoje, não houve desapropriações, já que o governo não indenizou as famílias que deveriam deixar essas terras. “O governo é omisso!”, critica o ambientalista Mauricio Savi.
Em 2010 o conhecido fotógrafo da natureza, Zig Koch lançou junto com sua esposa e jornalista Maria Celeste Corrêa, o livro 'Araucária – A Floresta do Brasil Meridional', pela Editora Olhar Brasileiro. O livro revela: “À exceção das áreas derrubadas com finalidade agrícola, as outras vêm sofrendo o corte seletivo da madeira, no qual são derrubadas apenas as árvores mais frondosas – e que alcançam maior valor no mercado clandestino. As toras são retiradas por estradinhas secundárias, muitas vezes à noite ou nos finais de semana, para tentar driblar a fiscalização”.
Zig mostra através de suas poderosas 175 fotografias publicadas no livro a força da araucária, Maria Celeste traça um texto conclusivo sobre a tragédia que se abate sobre esse importante ecossistema do sul do país. “Infelizmente, não é só a floresta que está morrendo. Quando um papagaio voa quilômetros e mais quilômetros para encontrar o alimento que deveria estar na floresta, e não o encontra, ele acaba morrendo porque não tem mais forças para fazer o caminho de volta”, conta a jornalista
Enquanto a ineficácia das políticas públicas só aumenta a dor da floresta, algumas iniciativas isoladas de organizações não-governamentais tentam minimizar o problema. Um desses exemplos é o do Programa Florar, criado pelo Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoort (IAF), que conta com o apoio ONG The Nature Conservancy (TNC)*. Fazem parte do programa 170 produtores rurais do município paranaense de Turvo, que decidiram investir na exploração sustentável de produtos não madeiráveis.
Por ser uma espécie madeireira de grande valor comercial e sua semente (pinhão) constitui um alimento muito nutritivo e energético apreciado pela fauna e na culinária brasileira. Além da intensa exploração madeireira e de suas sementes, a araucária sofre pela redução de seu habitat devido ao avanço da fronteira agrícola e a construção de hidrelétricas, fatores que a colocam na categoria "Em Perigo" de extinção, de acordo com o Livro Vermelho da Flora do Brasil: http://cncflora.jbrj.gov.br/LivroVermelho.pdf
Hoje (24 de junho) é o “Dia da Araucária”. Originalmente a árvore símbolo do Paraná ocupava 40% do território do estado, ou seja, 73.780 km². Agora restam apenas 2% desse total. A araucária é nativa da Mata Atlântica brasileira e está ameaçada de extinção.
O último diagnóstico oficial do Paraná, elaborado pela Secretaria do Meio Ambiente foi publicado em 2004, mostra a situação das florestas em estágio inicial de conservação totalizam 14,04% da área do bioma no Estado. As florestas com araucárias em estágio médio de sucessão, que passaram por uma degradação intensa, mas ainda guardam um pouco da diversidade florística e de formas de vida, representam 14,47% da área do bioma no Estado. Já as florestas em estágio avançado de sucessão, que representam as florestas de maior diversidade, correspondem a apenas 0,8% da área total de florestas com Araucárias no Paraná.
E o que está sendo feito para reverter essa situação? Muito, muito pouco. Em 2005, o governo federal criou seis áreas de proteção à Floresta com Araucária nos estados do Paraná e Santa Catarina. Até hoje, não houve desapropriações, já que o governo não indenizou as famílias que deveriam deixar essas terras. “O governo é omisso!”, critica o ambientalista Mauricio Savi.
Em 2010 o conhecido fotógrafo da natureza, Zig Koch lançou junto com sua esposa e jornalista Maria Celeste Corrêa, o livro 'Araucária – A Floresta do Brasil Meridional', pela Editora Olhar Brasileiro. O livro revela: “À exceção das áreas derrubadas com finalidade agrícola, as outras vêm sofrendo o corte seletivo da madeira, no qual são derrubadas apenas as árvores mais frondosas – e que alcançam maior valor no mercado clandestino. As toras são retiradas por estradinhas secundárias, muitas vezes à noite ou nos finais de semana, para tentar driblar a fiscalização”.
Zig mostra através de suas poderosas 175 fotografias publicadas no livro a força da araucária, Maria Celeste traça um texto conclusivo sobre a tragédia que se abate sobre esse importante ecossistema do sul do país. “Infelizmente, não é só a floresta que está morrendo. Quando um papagaio voa quilômetros e mais quilômetros para encontrar o alimento que deveria estar na floresta, e não o encontra, ele acaba morrendo porque não tem mais forças para fazer o caminho de volta”, conta a jornalista
Enquanto a ineficácia das políticas públicas só aumenta a dor da floresta, algumas iniciativas isoladas de organizações não-governamentais tentam minimizar o problema. Um desses exemplos é o do Programa Florar, criado pelo Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoort (IAF), que conta com o apoio ONG The Nature Conservancy (TNC)*. Fazem parte do programa 170 produtores rurais do município paranaense de Turvo, que decidiram investir na exploração sustentável de produtos não madeiráveis.
Comentários
Postar um comentário